Rete apresenta trabalho Tipologia de Inclusão Produtiva Rural em congresso científico, em Portugal

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A Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial (Rete), organização-sede da Cátedra Itinerante, participou do XIV Congresso da Geografia Portuguesa, realizado entre os dias 14 e 17 de novembro, em Lisboa, Portugal.  Na ocasião, a Rete apresentou o trabalho “Tipologia de Inclusão Produtiva Rural: análise do desenvolvimento sustentável rural no Brasil”, ao lado de outros trabalhos de Portugal, Espanha e alguns países africanos.

A publicação aponta as diferentes formas de enfrentamento da exclusão nos espaços rurais tendo como base conceitual a Inclusão Produtiva Rural (IPR) e a Inovação Inclusiva (INI). Com a utilização de dados de experiências recentes da agricultura familiar nas regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil, o estudo proporciona o reconhecimento da inclusão produtiva através da renda e do trabalho e, especialmente, da capacidade de inovar e produzir conhecimentos dos grupos vulneráveis no âmbito dos sistemas agroalimentares.

A publicação é de autoria dos pesquisadores da Rete: Iván Tartaruga, Mireya Valencia, Paulo Diniz, Mario Avila, Cidonea Deponti, Luciana Travassos, Danielle Wagner, Potira Preiss e Emilie Coudel. O método de construção da tipologia teve por base a análise das dinâmicas de interação (cooperação) e de aprendizagem (conhecimento) relacionadas às experiências estudadas.

Assim, foi construída uma tipologia de IPR, a partir de iniciativas inovadoras organizadas por agricultores(as) familiares, centrada em três áreas de interesse prioritárias: diversificação da produção, segurança alimentar e nutricional, e acesso a mercados. “A tipologia desenvolvida no projeto teve a capacidade de mostrar as formas diferenciadas de construção de soluções técnicas ou sociais de inclusão produtiva da agricultura familiar. As experiências de inovação ora ressaltavam a colaboração, ora a aprendizagem, como também ambos processos em muitos casos. Portanto, esses grupos sociais possuem uma potencialidade significativa de desenvolvimento que poderia ser aumentada por meio de políticas públicas direcionadas à promoção da inovação”, afirma Iván Tartaruga, membro da Rete e pesquisador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (Cegot) da Universidade do Porto.

O congresso foi realizado pela Associação Portuguesa de Geógrafos (APG) e o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT-ULisboa). A participação da Rete ocorreu durante o eixo temático “Mundo rural e transição alimentar: oportunidades e desafios”.

Com o tema “Territórios em transição e sustentabilidade: crises e respostas”, o XIV Congresso da Geografia Portuguesa reuniu docentes, pesquisadores, técnicos, geógrafos e estudantes universitários para a apresentação de trabalhos de reflexão teórica, metodológica e de abordagem empírica, assim como de estudos de aplicação que contribuem para compreender os impactos geográficos e sociais dos processos de transformação em curso e apoiar decisões políticas mais informadas.

Ascom Cátedra

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