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Cátedra Itinerante apresenta obras vencedoras da 1ª Edição do Prêmio Ignacy Sachs : Cátedra Itinerante de Inclusão Produtiva Rural

Cátedra Itinerante apresenta obras vencedoras da 1ª Edição do Prêmio Ignacy Sachs

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A Cátedra Itinerante apresentou, nesta terça (30/01), as obras vencedoras da 1ª Edição do Prêmio Ignacy Sachs. O prêmio anual reconhece o mérito dos melhores trabalhos acadêmicos produzidos no Brasil, sobre Inclusão Produtiva Rural, nas modalidades Dissertação de Mestrado, Tese de Doutorado e Artigo Científico publicado ou inédito. O evento foi transmitido pelo Youtube e o edital para a próxima edição será publicado ainda neste semestre.

Ignacy Sachs foi um dos estudiosos na busca por novos paradigmas de desenvolvimento baseados na convergência entre expansão do bem-estar e valorização da diversidade socio-bio-cultural. Ao longo de sua vida, Sachs se destacou por seu enorme esforço em mostrar que o Brasil é um dos países mais bem posicionados para liderar uma transição em escala planetária, marcada por novas formas de relação entre sociedade e natureza, nas quais a ampliação das oportunidades econômicas das pessoas também esteja em primeiro plano.

Para o coordenador do Cebrap Sustentabilidade, Arilson Favareto, o prêmio é uma possibilidade de homenagear um dos pioneiros deste campo temático, que tem se tornado alvo das atenções de cada vez mais pessoas, governos e organizações. “Criar e nominar o prêmio foi uma maneira que encontramos de reconhecer a importância que ele teve como um dos precursores e principais referências deste campo de estudo. Tenho certeza de que ele estaria feliz com o tremendo crescimento da importância destes debates”, afirma Arilson.

“Vários de nós compartilhamos o pensamento de Ignacy Sachs, a ideia de um desenvolvimento integral que tenha várias das dimensões da sustentabilidade atendida, esse é um ponto chave que nos reúne aqui e é bastante simbólico nestes trabalhos que foram premiados”, completa Luciana Travassos, docente em Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC (UFABC), que mediou o encontro.

Melhor Tese de Doutorado

Entre as obras vencedoras da 1ª edição está a Melhor Tese de Doutorado “No rural tem inovação social! Um estudo em dois assentamentos rurais na zona fronteiriça Brasil Bolívia”, de Anderson Luís do Espírito Santo, líder e pesquisador do Núcleo de Inovações Sociais da Fronteira na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e doutor pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

A pesquisa foi realizada no Pantanal sul-mato-grossense. Na região de expansão agrícola, o agronegócio e a exploração dos recursos naturais têm prosperado e deixado para trás uma dívida socioambiental acumulada, refletida na concentração de terras, na pobreza rural, na falta de água, na exploração de reservas ambientais e de terras indígenas, o que se soma ao descaso do governo federal atual com a agricultura familiar e a reforma agrária.

Diante disso, a tese apresenta possibilidades objetivas, os limites e entraves das experimentações em inovação social no meio rural para fazer face a esses desafios, considerando as particularidades de um território fronteiriço.

Melhor Dissertação de Mestrado

Thor Saad Ribeiro, mestre pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), recebeu o prêmio na modalidade Melhor Dissertação de Mestrado. Sua pesquisa Convivência com o Semiárido: a construção de um desenvolvimento camponês analisou o caso da emergência do programa de desenvolvimento conhecido como Convivência com o Semiárido, elaborado no contexto do semiárido brasileiro.

Para tanto, foram discutidas a literatura das correntes contra-hegemônicas do desenvolvimentismo e das transformações agrárias no Sul Global, numa perspectiva de crítica às concepções econômicas e políticas hegemônicas que apresentam um entendimento limitado da natureza enquanto recurso econômico, o que rebate numa incapacidade de lidar com a crise ambiental. Em contrapartida, a Convivência articula um discurso de desenvolvimento baseado na agroecologia e na economia camponesa.

Melhor Artigo Científico Inédito

Zilma Borges e Caio Momesso, da Fundação Getúlio Vargas, Raoni Fernandes Azerêdo, da Universidade Federal do Oeste do Pará e Eduardo Vivian da Cunha, da Universidade Federal do Cariri são os vencedores pela modalidade Melhor Artigo Científico Inédito, com tema Arranjos Multiatores para a Inclusão Produtiva Rural: Agriculturas do Sertão e da Floresta.

O artigo discute como arranjos multiatores têm se organizado no Brasil rural, analisando potencialidades e limites em como colaborar para a inclusão produtiva dos agricultores familiares. Analisa a diversidade de configurações destes arranjos, atores envolvidos, repertórios de atuação e recursos, desenvolvimento de capacidades e as perspectivas de agência dos grupos. Nesse ínterim, tem-se que a governança coletiva entre atores diversos é mediada por instrumentos de ação pública, que não tem necessariamente a primazia do Estado como protagonista.

Assista o evento de premiação das obras vencedoras do 1ª Prêmio Ignacy Sachs

Ascom Cátedra

 

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